Os dois povos
Era uma vez um povo que, na realidade, era dois. Havia um povo de energia muito alta e outro de energia muito baixa. Cansado da baixa energia com que sempre era atacado, o povo da energia alta fundou outro país. E o mundo dividiu-se em dois, por sua vontade.
- Não lhes dou nem um mês para se arrependerem - resmungara o povo da energia baixa com um tom de desprezo na voz, com que sempre se dirigira ao povo da energia alta. E cada pessoa se riu desejando o pior aos irmãos da energia alta.
O povo da energia alta fundou o país da aurora e desabrochava numa felicidade tão intensa como uma estrela. O povo da energia baixa fundou o país da sombra e vivia numa frequência vibratória ainda mais baixa. E enquanto o país da aurora se multiplicava em riquezas numa harmonia total com a natureza, o país da sombra parecia não encontrar o caminho para alcançar o desenvolvimento e a riqueza a que o vizinho chegara. As guerras interinas entre eles eram tão constantes quanto a paz e a felicidade do outro. O povo da energia alta tinha ficado com a parte do mundo mais pobre, com o desafio de terminar com a fome, e eles com a mais rica. O país do povo da energia alta prosperou enquanto eles conheciam a mesma vida de expansão e recessão económica e a natureza sofrera com os estragos do desrespeito que o povo da energia baixa sempre manifestara para com ela. Passaram a cobiçar o país do povo da energia alta. Organizaram exércitos para os invadir, aperfeiçoaram armas, mas nada de mal entrava nas suas fronteiras. Nem nada nem ninguém. Era como se uma parede invisível os protegesse. Como o seu ódio ao povo da energia alta era tão profundo quanto antigo, e não conseguissem prejudicá-los por mais que se esforçassem, voltaram-se para si mesmos atacando-se com uma violência ainda maior e mais descarada que antes. E acabaram por quase se extinguir deixando atrás de si um rasto de destruição. O povo da energia alta, que se mantivera alheio ao que lá sucedia, vibrava gloriosamente numa frequência tão alta, que nenhuma destruição entrava nas suas fronteiras. E assim continuaram a viver cada um por seu lado.
Fátima Nascimento
Era uma vez um povo que, na realidade, era dois. Havia um povo de energia muito alta e outro de energia muito baixa. Cansado da baixa energia com que sempre era atacado, o povo da energia alta fundou outro país. E o mundo dividiu-se em dois, por sua vontade.
- Não lhes dou nem um mês para se arrependerem - resmungara o povo da energia baixa com um tom de desprezo na voz, com que sempre se dirigira ao povo da energia alta. E cada pessoa se riu desejando o pior aos irmãos da energia alta.
O povo da energia alta fundou o país da aurora e desabrochava numa felicidade tão intensa como uma estrela. O povo da energia baixa fundou o país da sombra e vivia numa frequência vibratória ainda mais baixa. E enquanto o país da aurora se multiplicava em riquezas numa harmonia total com a natureza, o país da sombra parecia não encontrar o caminho para alcançar o desenvolvimento e a riqueza a que o vizinho chegara. As guerras interinas entre eles eram tão constantes quanto a paz e a felicidade do outro. O povo da energia alta tinha ficado com a parte do mundo mais pobre, com o desafio de terminar com a fome, e eles com a mais rica. O país do povo da energia alta prosperou enquanto eles conheciam a mesma vida de expansão e recessão económica e a natureza sofrera com os estragos do desrespeito que o povo da energia baixa sempre manifestara para com ela. Passaram a cobiçar o país do povo da energia alta. Organizaram exércitos para os invadir, aperfeiçoaram armas, mas nada de mal entrava nas suas fronteiras. Nem nada nem ninguém. Era como se uma parede invisível os protegesse. Como o seu ódio ao povo da energia alta era tão profundo quanto antigo, e não conseguissem prejudicá-los por mais que se esforçassem, voltaram-se para si mesmos atacando-se com uma violência ainda maior e mais descarada que antes. E acabaram por quase se extinguir deixando atrás de si um rasto de destruição. O povo da energia alta, que se mantivera alheio ao que lá sucedia, vibrava gloriosamente numa frequência tão alta, que nenhuma destruição entrava nas suas fronteiras. E assim continuaram a viver cada um por seu lado.
Fátima Nascimento